Coordenadora de Gastronomia no Correio Braziliense: Professora Alinne Marin fala sobre produtos do cerrado
Em reportagem especial para o jornal Correio Braziliense, a coordenadora do Curso de Gatronomia do UNIEURO, professora Alinne Marin, concedeu entrevista para abordar os produtos típicos do cerrado.A matéria Sabores Desconhecidos, publicada rm11/9 no caderno especial, Dia do Cerrado, mostrou que a fauna e a flora fazem do bioma do cerrado, o segundo mais rico em biodiversidade.
A pesquisa realizada no mestrado da professora Alinne, serviu de base para mostrar que o extrativismo do cerrado é feito de forma artesanal e, muitas vezes, predatória. Ou seja, geralmente, a população colhe para o seu próprio consumo. O aproveitamento das fontes ainda é muito baixo, e as atividades agrícolas e pecuaristas acabam desmatando o bioma. “Temos um grande aproveitamento na fabricação de sorvetes e picolés mas podemos expandir o uso. Quando começamos a usar mais os frutos do cerrado na culinária, vamos ajudar na manutenção dessa biodiversidade”, disse ao jornal.
A matéria feita pelo correio também mostrou que no mestrado realizado na Universidade de Brasília, a professora Alinne Marin estudou 18 frutos nativos do cerrado. O foco da pesquisa foi em elementos essenciais e fatores antinutricionais de cada espécie. O objetivo do estudo foi aprofundar no valor nutricional dos frutos do cerrado, visando, principalmente, o combate à fome. “Intervenções governamentais, como a fortificação de alimentos ou suplementação, têm sido utilizadas em vários países. Porém, essas estratégias não são sustentáveis na erradicação da desnutrição, por serem caras e não contínuas”.
A professora ressaltou também, que a maioria dos programas do governo emprega somente dois ou três nutrientes em populações que sofrem de deficiências múltiplas, o que torna o processo ineficiente. “Além de ser uma prática sustentável de combate a deficiências nutricionais, a diversificação da dieta com a inclusão de frutas e vegetais regionais, ricos em nutrientes, oferece diversas vantagens, como a valorização da produção local, a redução de custo de produção e com transporte”, falou Alinne Marin, em entrevista para o Correio Braziliense.